A nova guerra fria

Numa entrevista dada pelo Dr.Klinghardt, um especialista em vários perigos modernos que destroem a nossa saúde, este contou que a Rússia e o Irão têm um nível de controle muito mais estrito das emissões de CEM’s do que o estabelecido para os EUA e diversos países da Europa (“recomendação ICNIRP 1998”). E uma declaração de Vladimir Putin frente à assembleia russa deixou-me estupefacto:

“Não precisamos de entrar em guerra com a América. Eles já estão a cometer um suicídio colectivo pela maneira como estão a usar a electricidade. Nós apenas temos que esperar sentados até que eles estejam todos no hospital psiquiátrico.”



Esta afirmação mostra claramente que pelo menos um líder mundial tem uma boa compreensão dos efeitos nefastos dos CEM’s, pelo menos dos efeitos neurológicos. Como é que essa informação chegou até ele e foi compreendida? Putin era oficial da KGB nos anos 80, e foi o respectivo chefe durante 1 ano, até entrar para a vida política. E de certeza deve ter tomado conhecimento dos estudos russos que se fizeram sobre os CEM’s num meio civil e ocupacional, desde os anos 60 até os anos 90.
Segundo Klinghardt, “Putin quer que a Rússia seja novamente uma nação forte, e ele está a fazer isso de forma diferente. Ele está a fazer isso limitando as exposições electromagnéticas, sabendo que assim vai criar uma geração inteira diferente de crianças que vão crescer para serem inteligentes, para serem líderes no mundo, para serem cientistas.”

É espantoso ver que esta investigação científica sobre a influência perniciosa dos CEM’s tem sido efectuada desde pelo menos os anos 60, e que ela foi divulgada na comunidade científica e junto das autoridades. E a Rússia tem assim sido muito mais inteligente que os países ocidentais, regulando já os seus níveis máximos de CEM’s para valores até 500 vezes inferiores aos nossos, e tomando assim uma atitude muito mais cautelosa no que respeita a proteger os seus cidadãos.
Mas como é que os media e os organismos oficiais não têm conhecimento (oficial) destes estudos todos, e apenas veiculam e admitem a afirmação de que não há provas conclusivas? Esta posição vai aliás bem em acordo com a posição da indústria das telecomunicações e transmissão de dados, uma indústria que vale mil biliões de euros, a quem obviamente não interessa absolutamente nada divulgar os efeitos nefastos dos CEM’s aos níveis actuais, pois teriam assim de reduzir os seus chorudos lucros a tornar a tecnologia deles mais ecologicamente aceitável…
As estratégias de desinformação são simples mas eficazes. Primeiro lançam-se as dúvidas: dúvidas sobre a idoneidade e imparcialidade dos cientistas investigadores, dúvidas sobre o número e relevância dos estudos. Depois passa-se ao ataque mais directo: corte dos fundos para investigação se os resultados não são do agrado deles, ameaças à carreira profissional dos investigadores, suborno das entidades reguladoras. Tudo isto é fácil de fazer, como bem sabemos, por quem tem um imenso poder económico…

Em relação à afirmação tão conhecida de “não existem dados nem provas conclusivas que…” deixem-me só exemplificar como funciona (e bem) esta estratégia de desinformação: suponhamos que são reunidos 20 estudos que demonstram claramente um efeito negativo dos CEM’s, por diversos mecanismos. A indústria das comunicações (e/ou os organismos oficiais coniventes) lançam e subsidiam então p-ex 40 estudos diversos, dos quais, digamos, que 35 vão dar resultados que não são nada conclusivos (é fácil tornar os estudos não conclusivos: estuda-se áreas onde não há qualquer efeito dos CEM’s, ou considera-se amostras demasiado pequenas e pouco representativas, e se mesmo assim ainda restam alguns investigadores recalcitrantes, uma boa dose de “prémios” e ou/ameaças vai completar o painel desejado de respostas “boas”). O que faz então a indústria das comunicações? Pega nestes 40 estudos, junta aos 20 já indicados, e conta-os. “25 estudos dizem que há efeitos nefastos, mas 35 estudos não tiram conclusão nenhuma”, e logo vem a tal famosa afirmação: “Não existem dados nem provas conclusivas que os CEM’s causam efeitos negativos nas pessoas.” E mesmo que a relação fosse de 40 positivos para 20 sem conclusão, a dúvida seria ainda forte e suficiente para não se tomar medidas imediatas.

Mas que raio de ciência é esta? Toda a gente sabe (e para os que não sabem, explico) que a única forma de validar (ou invalidar) um determinado estudo é através da repetição cuidadosa do mesmo estudo, ou pelo menos respeitando os parâmetros mais óbvios, das condições em que foi efectuado, da sua estatística, etc. Não é juntando laranjas e maçãs com cebolas e batatas, contar tudo e depois dizer: não temos número suficiente para confirmar que a fruta é doce !...
Esta também foi a estratégia utilizada pela indústria do tabaco, pelos produtores de amianto, e por todas as outras que conseguiram adiar por anos e décadas a aceitação final que os seus produtos eram bem nocivos. Não se lembram de quando se dizia que “não há provas conclusivas que o tabaco provoca o cancro”?...Até que finalmente este facto se tornou um dado público e começaram a ser tomadas medidas. Mas e entretanto quantos morreram ou ficaram gravemente afectados até se chegar lá, por falta de informação e de medidas preventivas? E agora não se trata apenas de uma parte da população que está exposta mas sim a totalidade, pois os CEM’s tornaram-se presentes em todo o lado.

Comments

Popular posts from this blog

O fim da inteligência

Alerta vermelho no Funchal !